Classe de Viola Brasileira
Ivan Vilela - Coordenador da Classe
Doutor em Psicologia Social pela USP, Mestre e graduado em Composição Musical pela
UNICAMP, onde foi aluno de Almeida Prado. É professor na Faculdade de Música e no
Programa de Pós-Graduação da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo.
Pesquisador do Instituto de Etnomusicologia, INET-md, da Universidade de Aveiro no Projeto
Atlântico Sensível, AtlaS, onde atualmente pesquisa trânsitos e relações sociais dos cordofones
portugueses no Atlântico lusófono.
Criador do primeiro curso de viola brasileira em nível universitário no mundo, na USP,
onde, além de ser o professor do Bacharelado em Viola Brasileira também leciona História da
Música Popular Brasileira, Percepção Musical e Produção Radiofônica.
Em disco autoral ou junto a grupos foi indicado a prêmios da Música Brasileira: Prêmio da
Música Brasileira (2011) com o CD Mais Caipira, Prêmio IBAC de Cultura Popular Brasileira
(2009) pela inserção da viola brasileira no ensino universitário. Interações Estéticas –
FUNARTE com o CD Do Corpo à Raiz (2009). Prêmio Rival-BR com o CD Orquestra Filarmônica
de Violas (2005), indicado na categoria Atitude. Prêmio Sharp com o CD Paisagens (1998),
indicado como Revelação Instrumental. Prêmio Movimento de Música Brasileira, melhor disco
instrumental do ano, Prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) melhor conjunto
de câmara e Medalha Carlos Gomes da Secretaria do Estado da Cultura de São Paulo com o
CD Espiral do Tempo – Anima (1997). Duas indicações ao Prêmio Sharp com o CD Trilhas – Trem
de Corda, 1994. Medalha Carlos Gomes da Secretaria Estadual de Cultura – SP. Medalha Carlos
Gomes da Prefeitura Municipal de Campinas pelo trabalho desenvolvido com a Orquestra
Filarmônica de Violas.
Possui 18 discos gravados entre solos, duos e formações orquestrais.
Desde 1996, realiza apresentações no exterior tendo tocado na Alemanha, Argentina,
Áustria, Bélgica, Espanha, Estados Unidos, França, Inglaterra, Itália e Portugal realizando
concertos e conferências em salas de espetáculos e universidades.
É diretor musical do Instituto Çarê que está voltado à criação de uma rede de apoio a
músicos brasileiros em idade avançada e à catalogação e registro das obras musicais completas
destes músicos. No prelo, os songbooks de Heraldo do Monte e de Antonio Madureira (Quinteto
Armorial e Quarteto Romançal) e digitalização e edição de todo o acervo de pesquisa sobre
música indígena no Brasil feito pela compositora e cantora Marlui Miranda.
Apresentou-se como solista com diversas orquestras do Brasil como Orquestra Municipal de
São Paulo, Orquestra Experimental de Repertório, Orquestra Sinfônica do Mato Grosso,
Orquestra de Câmara da UFPB, Orquestra de Câmara Villa-Lobos, Orquestra de Câmara de São
Paulo, Orquestra Sinfônica do Mato Grosso do Sul, Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto,
Orquestra Sinfônica de Limeira, Orquestra de Cordas dedilhadas do Projeto Guri, Orquestra
Filarmônica de São Carlos, Orquestra Experimental da UFSCAR, , Orquestra Sinfônica de
Campinas, Orquestra de Câmara da USP.
Mantém atividade musical estreita com o Quarteto Cidade de São Paulo.
Foi criador, diretor e arranjador da Orquestra Filarmônica de Violas de 2001 a 2010. Dirigiu
também a Orquestra de Viola Caipira de São José dos Campos, ligada à Fundação Cultural
Cassiano Ricardo nos anos de 2015 e 2016.
Foi o consultou do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Arquitetônico de Minas
Gerais (IEPHA-MG) no processo de tombamento e patrimonialização da viola como um bem
imaterial do Estado de Minas Gerais, em 2016-2017.
É responsável pelo projeto de criação de um curso superior de música que utiliza uma
metodologia brasileira de ensino, proposta inédita no Brasil, concebida a pedido da
Universidade de Taubaté, SP.
Compôs a Ópera Caipira Cheiro de Mato e de Chão, sobre libreto de Jehovah Amaral.
Foi o consultor musical do Museu da Pessoa no projeto de criação do portal sobre o Clube
da Esquina (2004). Criador e curador do Prêmio Syngenta de Música Instrumental de Viola
(2004 e 2005) e consultor do Projeto Música Paulista (2009). Foi coordenador do Curso Música e
Saúde voltado ao preparo de músicos atuantes em instituições de pacientes em longa
permanência de 2011 a 2017. Curador do Selo SESC para a série Viola Paulista. Curador da
Série Viola Erudita, SESC Pinheiros.
Membro do Conselho Editorial da Revista de Cultura Artística da FEALQ – ESALQ – USP,
da Revista Resgate do Centro de Memória da UNICAMP e da Música em Revista, também da
UNICAMP. Parecerista da FAPESP, EDUSP, ANPPOM e de várias revistas acadêmicas.
Organizou para a Revista USP n.87 (2010) uma edição sobre Música Popular Brasileira
numa perspectiva fora dos cânones e a Revista USP n. 111, sobre Música Popular Brasileira na
USP. Possui publicações sobre temas relacionados à história social, música, turismo rural e
cultura popular, algumas delas em revistas indexadas internacionalmente.
Seu livro Cantando a Própria História – Música Caipira e Enraizamento, foi lançado em
2013, na Feira Internacional do Livro de Frankfurt, Alemanha.
PROFESSORES
Fabrício Conde
Há vinte anos, o músico Fabrício Conde dedica seu trabalho aos estudos da viola brasileira
e da música popular instrumental, e, atualmente, em turnês pela América do Sul, pesquisa
músicas produzidas nas comunidades rurais de alguns países. Destas viagens e vivências
resultaram as composições gravadas no CD Fronteira, mais recente álbum de Fabrício.
Seu trabalho, que alia sensibilidade e virtuosismo, já foi apresentado em vários países da
América do Sul e Europa.
Fabrício gravou “São de Viola”- 2001, “Viola da Mata” – 2004, “Viola Brasileira” – 2008, e
“Fronteira” – 2015. Gravou um DVD autoral “Âncora”, o qual foi transmitido pelo canal de
TV Afro Music, na Espanha – 2011; participou de diversos CD’s de coletâneas no Brasil e no
exterior, entre eles: “Música Minas” promovido pela revista inglesa Songlines – 2010.
Fabrício Conde tem em seu currículo importantes conquistas. Em 2014, foi vencedor do
XIV Prêmio BDMG Instrumental. Em 2012, venceu o I Concurso Instrumental Estúdio 66,
do Canal Brasil e foi selecionado para o Projeto Rumos Coletivo – Itaú Cultural, em 2010.
Em 2014, foi selecionado para o projeto Caixa Cultural com apresentações em Fortaleza,
Brasília e São Paulo.
Em 2016, foi selecionado para o projeto Quintas do BNDES, no Rio De Janeiro.
É autor dos livros “Causos, histórias e um pouco mais” (Franco Editora), “O caminho das
asas” (Roda e Cia), selecionado pela FLINJ para feira literária de Bologna.
Laís de Assis
Laís de Assis é violeira, violonista, arranjadora, pesquisadora e arte-educadora.
Graduada em música pela Universidade Federal de Pernambuco-UFPE (2016) e mestre
em Etnomusicologia pela Universidade Federal da Paraíba-UFPB (2018), com estudos
direcionados para a viola nordestina instrumental. Formada em viola de dez cordas
(2017) e violão popular (2013) pelo Conservatório Pernambucano de música, lá se
tornou discípula do mestre violeiro Adelmo Arcoverde e também foi professora da
instituição. É professora de música do Sesc Pernambuco, onde coordena alguns
coletivos artísticos, dentre eles o Núcleo de Pesquisa em Música Nordestina.
Desde 2016 Laís vem apresentando seu trabalho autoral com a viola nordestina,
tendo participado de importantes festivais de música com o Festival Aurora
Instrumental (2018) e Sons do Brasil Unilever (2019). Em 2018, Laís esteve entre os
oito instrumentistas indicados ao Prêmio MIMO de Música Instrumental. Atualmente é
integrante do coletivo artístico A Dita Curva e está em processo de construção e do seu
primeiro disco com composições autorais.
Em 2018, participou como pesquisadora etnomusicóloga no projeto de pesquisa
em artes cênicas “Caminho de Comadres: a poética da ancestralidade feminina em
cena” (2018), projeto que abrangeu comunidades quilombola, ciganas e indígenas no
sertão pernambucano e foi palestrante no “III Fórum de Etnomusicologia na UFPB-
Música Instrumental Brasileira: Tradição, contemporaneidade e produção feminina”.
Vinícius Alves
Vinícius Alves de Moraes, nascido em São João da Boa Vista em 20
de abril de 1974, filho de Getulio Alves de Moraes e Apparecida Luiza da
Silva Moraes.
Vinícius Alves é músico, estudou no conservatório musical de São
João da Boa Vista entre 1986 a 1989. Iniciou sua carreira artística em 1990
trabalhando como arranjador em diversas bandas musicais. Em 1992
iniciou sua carreira solo gravando seu primeiro CD com obras de autoria
própria se consolidando como um instrumentista e compositor.
Vinícius percorre todo país levando a autêntica música brasileira e
universal interpretada pela viola caipira.
Trabalhou com o Músico e Violeiro Ivan Vilela, onde ministrou
cursos de viola na Unicamp contribuindo para a formação da Orquestra
Filarmônica de violas de Campinas. Participou e dirigiu vários CDs de
consagrados artistas como Nilson Ribeiro, Zé Paulo Medeiros e o próprio
Ivan Vilela no CD 10 cordas.
Vinícius Alves atuou em diversos festivais de música popular
brasileira e já gravou variados programas de televisão como Viola Minha
Viola (TV Cultura), Terra da Gente (EPTV).
Participou do CD Viola Paulista no ano de 2018 no SESC, com a música de
sua autoria Improviso violado.
Atualmente está preparando seu próximo CD e trabalha na área
educacional ensinando música para jovens entre 08 a 17 anos no Projeto
Guri do estado de São Paulo.
Zé Helder
O Moda de Rock, duo de viola caipira especializado em adaptar temas de rock
com ritmos capiras, marca a história da viola com um trabalho ousado, largamente
difundido em programas de TV em rede nacional e nos principais veículos da imprensa
em geral. Esse trabalho rendeu três CDs e um DVD e participações de artistas
consagrados como Pepeu Gomes, Kiko Loureiro (Megadeth), Andreas Kisser
(Sepultura), Robertinho de Recife, Marcos Suzano, Lúcio Maia (Nação Zumbi), Ana
Deriggi, Mário Manga, Renato Teixeira, Rodrigo Suricato e Edgar Scandurra. Moda de
Rock radicaliza de vez os rumos que a viola vem tomando, se inserindo em todas as
vertentes musicais.
Assim tem sido a trajetória do violeiro mineiro Zé Helder, que explora o mais
brasileiro dos instrumentos em composições originais. Seu mais recente disco solo,
Assopra o Borralho (Folguedo/Tratore – 2015) foi escolhido como um dos melhores
discos independentes do ano pelo jornal Correio Popular de Campinas. Esse disco traz a
participação especial de Alzira E e co-produção de Ricardo Vignini, seu parceiro no
Moda de Rock e no Matuto Moderno, banda com uma história de 15 anos e 5 CDs, em
que Zé Helder assume os vocais e a viola desde 2010. O violeiro é endorsee das cordas
D’Addario e das violas Rozini.
Seu próximo disco solo está em fase de mixagem. Se chama Os Leões de
Aleijadinho, e há vídeos desse show ao vivo (acontecido no Teatro Inatel em Santa Rita
do Sapucaí em agosto de 2019) no youtube
Com o Moda de Rock, Zé Helder têm excursionado por todo o Brasil, Estados
Unidos, Argentina, México e Canadá.
No Oco do Bambu (Folguedo/Tratore – 2009), seu trabalho anterior traz as
participações de Ivan Vilela, Dani Lasalvia, Índio Cachoeira e vários outros amigos
músicos como Guilherme Cordeiro (baixo), Fabrício Santos (violão e guitarra) e
Diovani Bustamante (bateria), este último também produtor do CD A Montanha
(Pedralva – 2004).
Zé Helder integra ainda o grupo pousoalegrense Orelha de Pau (2002) com um
CD homônimo, e participou de CDs diversos como músico ou tendo suas composições
gravadas por outros intérpretes. Participou de projetos como o Êta Nóis, tocando com
Alzira E, Lucina e Ivan Vilela. Com Ivan Zé Helder também dividiu o palco do CCBB
no projeto Rock Rural, com shows no Rio de Janeiro e São Paulo junto com grupos
como Sá, Rodrix e Guarabyra, O Terço, Zé Geraldo, Matuto Moderno e outros. Como
professor, foi responsável pela criação de dois cursos de viola caipira: no Conservatório
Estadual Juscelino Kubitschek em Pouso Alegre, e no Conservatório Municipal de
Guarulhos, onde ainda leciona. Além de inaugurar um curso completo on-line de viola
no portal Planeta Música e em breve também no Cifra Club, também ministra cursos de
curta duração, como no Festival de Música de Londrina, a Oficina de Música de
Curitiba, o I Seminário de Viola caipira de Guarulhos e o Curso Intensivo de Férias que
realizou por 11 anos ao lado de Ricardo Vignini e Índio Cachoeira, até o falecimento
desse último.
É formado em Licenciatura Plena em Música pelo Conservatório Brasileiro de
Música do Rio de Janeiro e em Comunicação Social pela Univas de Pouso Alegre, e
também em Contrabaixo Acústico pelo Conservatório Juscelino Kubitschek.