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Classe de Guitarra

Daniel Santiago - Coordenador da Classe

Daniel Santiago é um compositor, guitarrista e produtor musical que, nos últimos 20 anos, vem contribuindo ativamente para cenário  da musica brasileira. Profundamente enraizado na música tradicional brasileira, Santiago combina os sons de sua terra natal com os sons do rock inglês das décadas de 70 e 80 e as estéticas e complexidades contemporâneas do jazz moderno. Sua música é um desenvolvimento e busca por uma linguagem sonora original, e como o aclamado compositor Guinga disse sobre a música de Daniel, “Nostálgica e futurista, este é o caminho para Santiago”. Além de suas colaborações com Milton Nascimento, João Bosco, Hamilton de Holanda, Hermeto Pascoal, Joshua Redman, Greorie Maret e muitos outros, Santiago lançou 4 discos solo. Com Hamilton de Holanda, Daniel gravou mais de dez álbuns e juntos foram indicados para quatro Grammy’s Awards consecutivos. Em 2017, Santiago foi novamente indicado como melhor produtor musical no álbum Casa de Bituca, ao lado de Hamilton de Holanda e Marcos Portinari. Em 2015, gravou o álbum Simbiose com o artista da Heartcore Records Pedro Martins. A dupla foi convidada por Eric Clapton para participar do Crossroads Guitar Festival de 2019. Santiago se destacou em seu papel como produtor musical e compositor da banda O Teatro Magico, e suas parcerias com Fernando e Gusto Anitelli renderam milhões de visualizações no Youtube e sucesso generalizado no streaming. Em 2010, ele produziu o CD de estréia de Pedro Martins, Dreaming High, um álbum que recebeu elogios da crítica. Daniel Santiago está agora se preparando para lançar seu último album, um retorno às suas origens musicais. É uma nova e ambiciosa coleção de músicas originais, através da qual Santiago se comunica com suas maiores influências musicais. O álbum, produzido por Kurt Rosenwinkel e Pedro Martins, será lançado pela gravadora independente Heartcore Records de Berlim.

PROFESSORES

Adam Ratner

“Adam tem um estilo e abordagem muito lírico e pessoal. Eu prevejo que ele fará uma contribuição muito importante na comunidade internacional de música.”- Larry Koonse

“Um solo de guitarra digno de Pat Metheny, reintroduzindo seu estilo suave e intenso para uma nova geração.” – Pitchfork.com

“Cada improvisação cumpriu suas especificações de lógica e trama, atingindo um nível que poucos guitarristas mais velhos conseguirão.” Greg Burk, Metaljazz.com

Adam é um guitarrista, compositor e produtor de Los Angeles, EUA. Ele se interessou por música muito cedo e começou a tocar guitarra com sete anos. Estudou com Larry Koonse, Alan Pasqua e composição com Vince Mendoza, e teve como mentor Charlie Haden.

Já se apresentou e trabalhou com Larry Goldings Mike Campbell (Tom Petty), David Binney, Ravi Coltrane, Louis Cole, Genevieve Artadi, Sam Wilkes, Tim Lefebvre, Pedro Martins, Nate Wood, Darek Oleszkiewicz, Ben Wendel, Jack Conte, Fabiano Do Nascimento e Joe LaBarbera. Seus vídeos com Louis Cole Big Band totalizam mais de 4 milhões de visualizações no YouTube. Recebeu o prêmio ASCAP Young Jazz Composer Awards, entregue no Lincoln Center em Nova Iorque.

Adam já fez turnês com o grupo KNOWER de pop-eletrônico experimental, incluindo apresentações pela costa oeste dos EUA e no SF Jazz Festival. Seu grupo de jazz-fusion RICK (com Sam Gendel/ Richard Sears/ Louis Cole) lançou um LP ao vivo com a Stones Throw Records, e em 2017 ele tocou nos discos de INGA, Infinity e 4444, lançados pela Terrible Records. Ele teve participações no disco La, La, La (2015) de Genevieve Artadi, no LP de Sam Wilkes Live on the Green (Leaving Records) e também no NPR Tiny Desk Concerts, com Fabiano do Nascimento.

Suas gravações com INGA já foram destacadas como “Best New Track” pelo site Pitchfork.com, BBC Radio 6 e Bandcamp Weekly. Suas performances já foram destaque várias vezes no jornal LA-Weekly e foram eleitas como “escolha da semana” pelo site LaJazz.com. Seus discos Dreamscape e Novo Horizonte têm participações de David Binney, Louis Cole, Genevieve Artadi, Sam Wilkes e Jacob Mann, e seu novo lançamento “Into the Wave” estará disponível em agosto de 2020.

Cainã Cavalcante

Nascido em Fortaleza-CE, vem de uma família musical e teve sua iniciação na música aos 7 anos de idade. Dois anos depois, já tocando profissionalmente, foi considerado pelos músicos, críticos e jornalistas como um prodígio da música. Com apenas 10 anos conquistou o 1° lugar no IV Concurso Nacional de Violão “Musicalis”, realizado em São Paulo no ano de 2000. Hoje, com 28 anos, deixa a condição de prodígio para ser um respeitado músico brasileiro e possui um currículo invejável para muitos veteranos. Nos dias de hoje, Cainã divide sua carreira com mais três projetos especiais, o Duo Elo, duo com o genial pianista Thiago Almeida, o Duo de violões com um de seus maiores mestres, o violonista carioca, Zé Paulo Becker e o lançamento do álbum “Corrente”, seu disco autoral e de violão solo. Em 2001 gravou seu primeiro CD “Morador do Mato”, com produção de Manassés de Sousa, Tarcísio Sardinha, Aroldo Araújo e participação mais do que especial do poeta e padrinho de batismo, Patativa do Assaré. Em 2005, esteve no 19° Festival Internacional de Musique Universitaire de Ville, em Belfort, e no Festival Mundial da Água, nas margens do Rio Sena, em Paris, ambos na França. Ainda durante a turnê, apresentou-se no Espaço Cultural Emmapes (Paris) com o integrante do Trio Madeira Brasil e Época de Ouro Ronaldo do Bandolim e seu irmão Rogério Sousa. A convite do músico Celinho Barros se apresentou no espaço Mam`Bia (uma casa de cultura de Cabo Verde). No sul da França, na cidade de Chantloup-Les-Vignes, tocou um autêntico forró nordestino ao lado do músico brasileiro Renato Velasques e do maestro argentino Júlio Pardo. No mesmo ano lançou o seu segundo CD, “Samburá”. Com produção de Raimundo Fagner e arranjos de Aroldo Araújo o álbum traz músicas de Lauro Maia (“Trem de Ferro”), Manassés de Souza, Ferreira Júnior, Tarcísio Sardinha, Américo Jacomino (“Marcha do Marinheiro”), Carlinhos Patriolino e João Lyra. Nos últimos anos, Cainã vem se dedicando também ao ensino musical de crianças, adolescentes e adultos, participando como professor de diversos festivais de música que atuam no campo da formação musical, oferecendo oficinas, workshows unindo sempre a vivência do músico, técnica e musicalidade.

Fabio Gouvea

Fabio Gouvea Guitarist, composer, and arranger Fabio Gouvea has been praised for being a musician with a strong melodic approach, a deep harmonic concept, and an uplifting rhythmic feel all characteristics that have made him one of the most in-demand artists of his generation. Fabio has played with some of the leading musicians in Brazil and abroad, including Hermeto Pascoal, Hamilton de Holanda, Nailor “Proveta” and Vinicius Dorin to mention a few. For the last 14 years, Fabio has also been playing, touring, and recording with renowned Grammy nominated band, “Trio Curupira”, alongside Andre Marques and Cleber Almeida. In addition to performing with some of the most important names in the international music industry, Fabio also leads his own group with whom he has recorded 3 albums in collaboration with fellow musicians Donny McCaslin, Helen Sung, John Ellis, Jean Michel Pilc, and Rogerio Boccato, among others. Separately, Fabio is also part of the faculty at the prestigious “Conservatorio Dramatico e Musical Dr. Carlos de Campo” in Tatui, Sao Paulo, where he has carried out important work for the music community instructing some of the most talented young musicians in Brazil.

Junior Tostoi

Guitarrista e produtor, Junior Tostoi é um dos mais requisitados da nova geração. A potência e a originalidade de sua música começaram a despontar no final dos anos 1990, com o Vulgue Tostoi, banda que montou com Marcelo H e Victor Z . Já colaborou com artistas como Isabella Taviani, Pedro Luís e A Parede, Jards Macalé e Lenine, com quem segue trabalhando no papel de produtor e guitarrista, desde o álbum “Na pressão”. Sua incorporação ao grupo do cantor e compositor pernambucano criou uma nova sonoridade, mais pesada e intensa. Tostoi, que recentemente produziu e tocou no álbum “Tantas”, de Anna Ratto, considera-se “um bicho de estúdio”, mas vê-lo tocar ao vivo é uma experiência imperdível.

Junix 11

Junix 11 é guitarrista/ produtor musical e músico integrante do Baiana System. Também conhecido como Juninho Costa, sua pluralidade pode ser conferida no vasto currículo que inclui gravações, shows pelo Brasil, tours internacionais (USA, Europa e Asia) e colaborações para artistas como Arto Lindsay, Lucas Santtana, Carlinhos Brown, Ivete Sangalo. Atuou no Cirque du Soleil (Canadá/ USA) durante criação e apresentações do espetáculo OVO. Timbragens, texturas, manipulação de eletrônicos e conceitos experimentais fazem parte do seu universo como artista sonoro em trilhas para videoarte; instalações; live cinema, etc.

Kurt Rosenwinkel

The conceptual influence of Kurt Rosenwinkel’s music can be readily observed on a global scale. Whether in concert halls, basement jazz club wee hours jam sessions, conservatory practice rooms or radio station airwaves, Rosenwinkel’s distinctive voice as a composer and guitarist has had an undeniable impact on music in the 21st century. The American multi-instrumentalist, composer, and producer has gained international recognition for his deft artistry and unabated individualism since he first appeared on the New York music scene in 1991. His legacy as the pre-eminent jazz guitar voice of his generation is plainly evident on his eleven albums as a leader, each one the inspiration for legions of musicians young and old across the globe. Kurt’s aesthetic vision and multi-genre facility has caught the ear of some of modern music’s most prominent stars; collaborations with Eric Clapton, Q-tip, Gary Burton, Paul Motian, Joe Henderson, Brad Mehldau, and Donald Fagen are but a few highlights from a remarkably diverse and extensive catalogue of over 150 sideman recordings. In the winter of 2016, Kurt formed the independent music label Heartcore Records with the focused intention of signing and promoting a new generation of musicians whose exacting standards match his own. Heartcore has also allowed Kurt to flourish in yet another dimension of music making, that of the record producer. He self-produced his eleventh album, 2017’s “Caipi”, and was more recently involved as a producer and guitarist on Brazilian multi- instrumentalist Pedro Martin’s 2019 release “Vox”.

Mike Moreno

Originally from Houston, Texas, Mike began studying music formally at the Houston High School for the Performing and Visual Arts, a school renowned for its musical alumni, which includes such luminaries as Jason Moran, Robert Glasper, Brian Michael Cox, Eric Harland, Chris Dave, Kendrick Scott, and Beyoncé. After graduating, Mike moved to New York City with a scholarship to attend the New School University. While still in school he began garnering the recognition necessary to be called to perform and tour with some of the most venerable names in the Jazz world as well as rising stars of the scene. -Andrew Lienhard, jazzhouston.com Over the years, they have included The Joshua Redman Elastic Band, Lizz Wright Band, Nicholas Payton Quartet, Stefon Harris Sonic Creed, Me'Shell N'Degeocello, Jason Moran, Terence Blanchard, Robert Glasper, Ambrose Akinmusire, Gretchen Parlato, Aaron Parks, Claudia Acuña, Greg Osby 4, Wynton Marsalis and the Jazz At Lincoln Center Orchestra, Jeff "Tain" Watts, Jeremy Pelt, John Ellis, Myron Walden, Kenny Garret, Yosvany Terry, Ralph Bowen, Will Vinson and more. Additionally, Mike has recorded with numerous major artists, both inside and outside of the Jazz genre. 3 of these recordings were nominated for a Grammy. In 2010 both Q-Tip's "The Renaissance" and Geoffrey Keezzer's "Aurea" were nominated for Best Album in their categories, as well in 2008 Eldar's "Re- Imagination" received the same nomination in the Jazz Category. Moreno's discography also includes artists such as Bilal, Jeremy Pelt, Robert Glasper, John Ellis, Aaron Parks, Jimmy Greene, Myron Walden, Sam Yahel, Ralph Bowen, Marcus Strickland, Yosvany Terry, Kendrick Scott Oracle, Will Vinson, and Bob Reynolds. Recognized as one of the leading voices in the Jazz guitar world, Mike has toured extensively and recorded as a leader of his own band, playing his original music to high critical acclaim. As Nate Chinen describes in his 2007 “The Gig†article in JazzTimes, "There are many other guitarists out there pushing towards a modern ideal, but none with the precise coordinates that Mike Moreno has charted." In 2007, Mike released his debut CD Between The Lines on the World Culture Music label, which Nate Chinen deemed in The New York Times as one of his top 10 Jazz albums of 2007. He recorded his second and third albums, Third Wish 2008 and First In Mind 2011, for European Jazz label Criss-Cross Records. He returned to World Culture Music for the release of Another Way 2012 which made the 25 "Best of 2012" Jazz Releases on itunes. And his most recent album Lotus has just been released.

Mou Brasil

Guitarrista e compositor, Mou Brasil desenvolve trabalho instrumental ligado às raízes brasileiras e jazz. Tem 2 discos autorais lançados: Esperança (1992) e Farol (2013). Além desses, compôs e gravou o disco do grupo Bahia Black (2000) – que pretende lançar em breve em resgate dessa importante etapa de sua pesquisa musical. É reconhecido pioneiro da música instrumental baseada em ritmos afro e contemporâneos. Participou de grupos que marcaram sua geração: Jazz Carmo Quinteto, Cozinha Baiana, Raposa Velha, Grupo Garagem e o próprio Bahia Black, que fundou e inaugurou uma nova fase de sua carreira solo. Saiba mais Desde que começou a tocar, em 1976, a busca musical o levou aos EUA, Suíça, França, Portugal, Espanha, Argentina, México, Uruguai, Israel, Japão, Hong Kong, entre outros lugares – com apresentações e estudos. Tocou com Nelson Veras, Jacques Morelenbaum, Bibi Ferreira, Leo Gandelman, Quarteto Villa Lobos, Orquestra Sinfônica da Bahia – OSBA, Orquestra Sinfônica Popular Brasileira (Camaçari). Acompanhou artistas como Caetano Veloso, Gal Costa, Virgínia Rodrigues, Tuzé Abreu e Paulo Moura. Gravou com João Donato e Steve Coleman. Oferece oficinas e aulas de harmonia e improvisação desde 1990 (Funceb, UFBA, Universidade Católica, CUCA, Núcleo Moderno de Música, Casa da Música, Conservatório Mozart e Universidade Livre de Música – ULM de SP). É reconhecido pioneiro da música instrumental baseada em ritmos afro e contemporâneos. Participou de grupos que marcaram sua geração: Jazz Carmo Quinteto, Cozinha Baiana, Raposa Velha, Grupo Garagem e o próprio Bahia Black, que fundou e inaugurou uma nova fase de sua carreira solo.

Pedro Martins

Pedro Martins,​ Brazilian musical prodigy, and winner of The 2015 Montreux Guitar Competition is well known for his collaborations with Kurt Rosenwinkel, Yaron Herman, David Binney, Jacob Collier, and Genevieve Artadi (Knower), as well as Brazilian jazz greats ​Hamilton de Holanda, ​Gabriel Grossi, and Léo Gandelman. Pedro has released his second album “VOX”, on February 8th, 2019. The thirteen jazz-inflected Brazilian rock songs on “VOX” result from a two year long recording and production process between Martins and legendary jazz guitarist Kurt Rosenwinkel, so It’s appropriate that the album has been released on the former’s independent label Heartcore Records. VOX also features powerhouse performances by Brad Mehldau and Chris Potter, adding by their presence an indication of the depth of Pedro’s musical vision. Though this is Pedro Martins’ first album for Heartcore as a leader, it is not the first time he has appeared in the Heartcore discography; Martins is a featured member of Kurt Rosenwinkel’s Caipi Band and can be heard playing guitar, keyboards, and singing on the 2017 Heartcore Records release “Caipi”. He has spent the last two years touring the world with Rosenwinkel’s band, in addition to the pursuit of his own diverse and creative musical projects.

Ricardo Silveira

Ricardo Silveira é um músico brasileiro com carreira internacional. Nascido no Rio de Janeiro, sempre soube apreciar boa música e transita com facilidade pelos diversos idiomas musicais. Ainda adolescente, gostava de ouvir desde rock (Beatles, Rolling Stones, Jimmy Hendrix, Led Zeppelin, Cream) e blues (BB King, John Mayal) a música brasileira (João Gilberto, Chico Buarque, Mutantes, Novos Baianos, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Tom Jobim, Baden Powell). Logo cedo, descobriu também o jazz: Dave Brubeck, Miles Davis, Oscar Peterson, Joe Pass, George Benson, Wes Montgomery. Ainda adolescente, Ricardo se interessou pela guitarra e pelo violão. Costumava tirar as melodias das músicas que ouvia, primeiro só numa corda e depois tentando descobrir os acordes, tendo descoberto mais tarde ser este um ótimo exercício para o ouvido e para conhecer o braço do instrumento. Tocando com amigos e em alguns festivais de colégio, decidiu que queria ser músico profissional. Teve aulas de violão clássico e teoria musical e passou no vestibular para a Escola Nacional de Música, porém não havia a cadeira de violão ou guitarra nas universidades do Rio. Nessa época, assistiu a um show de Victor Assis Brasil, que tinha estudado na Berklee College of Music, em Boston, assim como o Márcio Montarroyos, que também tocou nesse mesmo show e o incentivou a fazer na Berklee um curso de dois meses. Após o curso, conseguiu uma bolsa e continuou a estudar em Boston. Após um ano, voltou ao Brasil, onde ficou por dois meses participando de shows com Márcio Montarroyos. De volta a Boston, por recomendação do guitarrista Bill Frisell, começou a trabalhar com uma banda de salsa, um de seus primeiros trabalhos profissionais nos EUA. Estrelas Latinas, como se chamava o grupo, era comandada por Fox, um violinista cubano, acompanhado por músicos de Santo Domingo, EUA, Porto Rico e Brasil. Nos finais de semana, Ricardo deixava Boston a caminho de Nova York, onde tocava com o grupo brasileiro Astra Carnaval. Recomendado pelo trompetista Cláudio Roditi, Silveira foi convidado para integrar o grupo do flautista Herbie Mann, com quem excursionou por dois anos pelos Estados Unidos. Nessa época, já morando em Nova York, começou também a trabalhar em estúdio com grandes músicos como Steve Gadd, Richard Tee, Marcus Miller, Michael Brecker, Jason Miles, Naná Vasconcelos, L. Shankar. Apesar dos quatro anos trabalhando fora de seu país, Ricardo manteve o contato com a música brasileira. Aliás, grande parte dos convites para tocar no exterior surgiu por ele ser um músico brasileiro. De volta, por recomendação do produtor e músico Liminha, que havia conhecido nos Estados Unidos, Ricardo foi convidado por Elis Regina para participar da turnê pelo Brasil do disco “Essa Mulher”. Foi no mesmo período que começou a surgir, além de shows, participações em gravações, desde jingles a discos dos mais diversos artistas. Após a turnê com Elis Regina, Ricardo começou a tocar com outros grandes nomes da MPB como Hermeto Paschoal, Maria Bethânia, Gilberto Gil, Milton Nascimento, João Bosco, Ivan Lins, Nana Caymmi e Ney Matogrosso para quem também fez arranjos e direção musical. Entre a participação nas gravações e nos shows dos grandes nomes da música brasileira, Ricardo começava a desenvolver seus projetos solos. Seu primeiro disco foi “Bom de tocar”(Polygram), lançado em 1984. A música fez tanto sucesso, que acabou virando vinheta da Rádio Globo FM, ficando no ar por 10 anos, e eternizando seus solos de guitarra na música que deu nome ao disco. Por conta da repercussão, o guitarrista foi convidado para tocar no primeiro Free Jazz Festival, em 1985. Para o show, convidou os talentosos amigos: o baixista Nico Assumpção, o pianista Luiz Avellar, o baterista Carlos Bala e o saxofonista Nova Yorquino Steve Slagle. O resultado no palco foi tão bom que o quarteto acabou gravando um disco, o “High Life”, lançado em 1986 pelo selo Elektra Musician. O segundo trabalho solo data de 1987 e teve o mesmo selo. O disco tinha como título o nome do próprio guitarrista. Nos Estados Unidos, este trabalho ganhou o nome de “Long Distance”, pelo selo da Verve Forecast, que além deste lançou “Sky Light”, “Amazon Secrets” e “Small World”. Todos estiveram entre os cinco mais executados nas rádios de jazz americana, sendo que Sky Light e Amazon Secrets chegaram ao primeiro lugar. Nos Estados Unidos, além de excursionar com Herbie Mann tocou com nomes como Sérgio Mendes, Don Grusin, Dave Grusin, Oscar Castro Neves, Dori Caymmy, Nathan East, Vanessa Williams, El Debarge, Diana Ross, Brenda Russel, Justo Almario, Toots Tiellemans, Baby Face, John Pisano, Kevin Lethau, Ronnie Foster, Harvey Mason, Paty Austin, David Sanborn, Pat Metheny, Phil Perry, Earnie Watts, Gregg Karukas e Abe Laboriel. Com Matt Bianco, Silveira esteve duas vezes na Europa e no Japão, sendo que fez mais oito viagens para este último país em concertos de Sadao Watanabe e Dom Grusin. Com um outro selo – Kokopelli, de Herbie Mann – foi gravado seu sexto CD, o “Storyteller”, em 1995, que também esteve entre as cinco mais tocadas. Em 2001, o CD “Noite Clara” saiu no Brasil pela MP,B e em 2003 nos EUA pela Adventure Music. Este trabalho foi indicado ao Grammy Latino 2004 na categoria melhor CD Instrumental. No mesmo ano da indicação, Ricardo Silveira em parceria com Luiz Avellar, ambos com experiências em turnês ao lado de Milton Nascimento, gravam ao vivo – violão e piano – o CD Milton Nascimento ao Vivo pelo selo brasileiro da Universal e pelo americano Adventure Music. Ricardo também é conhecido pela TV. De 2006 à 2009 ele foi apresentador do “Estúdio 66” no Canal Brasil, programa em que recebia artistas para um bate-papo e improvisos musicais. Vários nomes passaram pelo programa, tais como : Egberto Gismonti, João Donato, Paulo Moura, Leandro Braga, João Bosco e Guinga. No dia 10 de julho de 2007 foi lançado nos EUA “Outro Rio”, seu décimo trabalho, e em fevereiro de 2008 no Brasil, repetindo a dobradinha dos selos Adventure Music e MPB. Em 2008 produziu o cd “De um jeito diferente” do cantor Emílio Santiago que ganhou o Prêmio TIM como o melhor disco de MPB do ano. Ricardo participou do CD “Randy in Brazil” do trompetista Randy Brecker, que ganhou o Grammy em 2009 como Melhor Álbum de Jazz Contemporâneo. Ainda em 2009 assinou a direção musical do mais novo trabalho do cantor e compositor João Bosco “Não vou pro céu, mas já não vivo no chão”, que em 2010 foi indicado ao Prêmio da Música Brasileira e ao Grammy Latino na categoria Melhor álbum de MPB. Hoje, passados 26 anos do lançamento de “Bom de tocar”, Ricardo Silveira lança seu mais novo CD “Até amanhã”. Álbum em que Ricardo reúne suas mais conhecidas canções agora com novos arranjos assinados pelo próprio Ricardo, por Vittor Santos, Jessé Sadoc e Macelo Martins.